Finanças sustentáveis: Banco de Portugal destaca implicações para os consumidores no Encontro Nacional de Consumo

A diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, Lúcia Leitão, participou, no dia 29 de março, no Encontro Nacional de Consumo, dedicado ao “Consumo Sustentável e Desenvolvimento da Economia Circular”.

O Encontro Nacional de Consumo decorreu nos dias 28 e 29 de março, no auditório do Parque Biológico de Gaia, e foi promovido pela Câmara Municipal de Gaia, em parceria com a Direção-Geral do Consumidor, no âmbito das comemorações dos 30 anos do Centro de Informação Autárquico ao Consumidor (CIAC) de Vila Nova de Gaia, integradas nas celebrações do Dia Mundial do Consumidor. A iniciativa reuniu entidades que promovem a defesa do consumidor em Portugal e outros interessados.

No segundo dia do Encontro, Lúcia Leitão abordou a relevância do papel dos consumidores e as implicações para os mesmos dos produtos e das estratégias financeiras que têm em conta objetivos de sustentabilidade. E alertou para o risco de os produtos com fatores de sustentabilidade ambiental, social e de governação poderem ser comercializados como sendo mais alinhados com causas sustentáveis do que efetivamente são (riscos de greenwashing, social washing e impact washing).

Lúcia Leitão assinalou que as finanças sustentáveis têm assumido crescente relevância na agenda internacional e destacou dois documentos que as consideram de forma transversal:

  • no âmbito da formação financeira, o referencial de competências de literacia financeira para a população adulta da União Europeia, publicado pela Comissão Europeia e pela Rede Internacional de Educação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE/INFE);
  • no âmbito da regulação, os princípios do G20 e da OCDE para a proteção do consumidor de produtos financeiros, recentemente revistos e que constituem uma referência internacional sobre os direitos atribuídos aos consumidores de produtos financeiros.

A diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal explicou ainda que os mercados bancários de retalho também têm integrado objetivos relacionados com as finanças sustentáveis, comercializando nomeadamente produtos de crédito à habitação, crédito pessoal e crédito automóvel que consideram fatores de sustentabilidade.

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