perguntas frequentes
glossário
O que é uma conta de serviços mínimos bancários?
Nas decisões financeiras ler também é o melhor remédio.
Conheça o regime para crédito à habitação de jovens até aos 35 anos
Lista de intermediários de crédito autorizados a exercer atividade
Como proteger-se da fraude online?
Pagamentos em segundos, 365 dias por ano.
Conheça os seus direitos quando faz pagamentos na Europa.
Sabe o que é o produto interno bruto? E a inflação?
Saiba mais sobre o concurso de finanças pessoais para estudantes universitários.
O Banco de Portugal publica hoje o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho. O relatório apresenta a evolução dos mercados dos depósitos, do crédito à habitação e do crédito aos consumidores em 2017.
Veja aqui a infografia do Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017
No final de 2017, todos os depósitos a prazo simples eram remunerados a taxa de juro fixa, mantendo-se a tendência de diminuição das taxas de remuneração verificada desde 2012.
Em 2017, nos depósitos dirigidos ao público em geral verificaram-se reduções da TANB (Taxa Anual Nominal Bruta) média em todos os prazos, face a 2016. Dos depósitos para o público em geral em comercialização no final de 2017, 81,7% apresentavam uma TANB igual ou inferior a 0,5% (72% em 2016) e 93,1% tinham uma TANB igual ou inferior a 1% (90,4% em 2016).
Dos depósitos a prazo simples em comercialização em dezembro de 2017, 79,6% eram disponibilizados nos canais tradicionais e 20,4% apenas nos canais digitais. Os depósitos a prazo simples para o público em geral continuaram a concentrar-se nos prazos até um ano, que representaram 83% da oferta, em linha com o ano anterior, e a terem mais frequentemente montantes mínimos de constituição até 500 euros (62,3% do total). Os depósitos comercializados em exclusivo nos canais digitais tiveram, com maior frequência, maturidades mais curtas e montantes mínimos de constituição mais reduzidos do que nos canais tradicionais.
O mercado dos depósitos indexados e duais decresceu em 2017, mantendo a tendência do ano anterior, tanto no número de depósitos comercializados, como nos montantes aplicados e no número de depositantes. Foram comercializados 137 depósitos indexados e duais (menos 23,5%, face a 2016), por 11 instituições de crédito. Na mesma linha, os 1997,6 milhões de euros aplicados neste tipo de depósitos, por cerca de 103 mil depositantes, representaram decréscimos de 36,5% e de 43,7%, respetivamente, face ao ano anterior.
No final de 2017, o stock de fundos aplicados em depósitos indexados e duais atingiu o valor de 7432,3 milhões de euros, menos 16,2% do que no final do ano anterior, o que levou à diminuição da proporção dos depósitos indexados e duais no montante total aplicado por clientes bancários particulares em depósitos a prazo (de 9,2% em 2016, para 8,1% em 2017). O mercado acionista continuou a ser o indexante mais frequente, reforçando o seu peso face a 2016.
Dos 141 depósitos indexados vencidos em 2017, mais de metade (56,1%) pagaram uma taxa de remuneração inferior à TANB dos depósitos a prazo simples comercializado pela mesma instituição para o mesmo prazo. Dos depósitos indexados vencidos em 2017, 51,6% auferiram a taxa de remuneração mínima indicada no respetivo prospeto informativo, dos quais 21,9% tiveram uma TANB nula. Em contrapartida, 21,3% destes depósitos pagaram a TANB máxima prevista no prospeto informativo.
O mercado do crédito à habitação registou em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, crescimentos significativos no número de contratos celebrados e no montante de crédito concedido, embora de amplitude inferior aos observados nos anos anteriores. Foram celebrados 77 506 novos contratos e concedidos 7,7 mil milhões de euros de crédito à habitação, que corresponderam a crescimentos de 32,3% e 40%, respetivamente, face a 2016. Todavia, o valor global da carteira de crédito à habitação a 31 de dezembro de 2017 diminuiu para 87,7 mil milhões de euros (89,2 mil milhões de euros em final de 2016), uma vez que o aumento da contratação não foi suficiente para compensar os reembolsos antecipados e os vencimentos ocorridos neste ano.
O montante médio e o prazo médio dos novos contratos de crédito à habitação aumentaram em 2017, face ao ano anterior. O montante médio subiu de 94 160 euros, em 2016, para 99 670 euros, em 2017. O prazo médio dos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 foi de 33,3 anos, mais seis meses do que em 2016.
A taxa de juro variável continuou a ser o tipo de taxa mais frequente nos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 (81,3%), embora tenha perdido importância relativa face a 2016 (83,7%). Em contrapartida, o número de contratos com taxa mista aumentou significativamente (mais 68,3%, face a 2016), pelo que estes contratos passaram a ter um peso de 16,9% em 2017 (13,3% em 2016). Os contratos celebrados a taxa de juro fixa perderam importância, representando 1,8% dos novos contratos, o que compara com 3%, em 2016.
A generalidade dos contratos celebrados com taxa de juro variável foram indexados à Euribor a 12 meses (92,5% dos contratos, face a um peso de 85,2% em 2016). O spread médio dos novos contratos de crédito à habitação a taxa de juro variável diminuiu em 2017, fixando-se em 1,74 pontos percentuais (menos 0,25 pontos percentuais do que o valor de 2016), reforçando a tendência de decréscimo observada desde 2015 e atingindo um nível idêntico ao dos contratos celebrados em 2010 ainda em carteira.
No ano passado, foram realizados 72 463 reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação, no valor de 3,9 mil milhões de euros, valores superiores em 25,5% e 35%, respetivamente, aos observados em 2016.
O montante de crédito aos consumidores manteve, em 2017, a trajetória de crescimento verificada desde 2013. O aumento foi de 12% face ao ano anterior, ainda assim inferior aos crescimentos verificados em 2016 (17,5%) e em 2015 (23%). O número de contratos celebrados aumentou 5%, o que representa também um abrandamento face aos crescimentos verificados em 2016 (6,5%) e 2015 (7,8%). Em 2017, o número de contratos celebrados ultrapassou pela primeira vez o valor registado em 2010, ano que precedeu a contração do mercado de crédito aos consumidores.
O aumento do montante de crédito concedido foi transversal aos três tipos de crédito, embora continue a destacar-se o crescimento do crédito automóvel (mais 20,4%, face a 2016). O crédito pessoal apresentou um crescimento de 8,4%, face a 2016, e o crédito revolving exibiu um crescimento menos significativo (2,2%). Os prazos médios de contratação do crédito pessoal e do crédito automóvel aumentaram para 4,4 anos e 6,7 anos (mais 2 meses e mais 5 meses, respetivamente).
Em resultado do crédito automóvel ser sobretudo concedido através de pontos de venda e por instituições de atividade especializada, aumentou o peso deste canal de comercialização e deste tipo de instituição.
O custo do crédito continuou a diminuir em 2017. A taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) média do mercado diminuiu 0,6 pontos percentuais, entre o quarto trimestre de 2016 e o quarto trimestre de 2017. Em 2017, a TAEG média diminuiu em todos os tipos de crédito, face a 2016, sendo mais significativa no crédito revolving (menos 0,9 pontos percentuais).
Infografia sobre o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017
Press Release of Banco de Portugal on the Retail Banking Markets Monitoring Report 2017
Publicações > Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017