OCDE/INFE divulga relatório sobre formação financeira no local de trabalho

Este relatório tem como objetivo apoiar autoridades públicas, empregadores e outros intervenientes relevantes na definição de políticas de formação financeira no local de trabalho.

Na publicação, a OCDE/INFE destaca a importância da formação financeira no local de trabalho e apresenta as experiências e os desafios dos países membros, entre os quais Portugal, no desenvolvimento e na implementação de programas de literacia financeira dirigidos a trabalhadores.

O Plano Nacional de Formação Financeira, dinamizado pelos supervisores financeiros portugueses, é uma das iniciativas referidas. O relatório apresenta, em particular, o projeto que os supervisores financeiros estão a implementar com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para promover a formação financeira dos trabalhadores dos organismos que integram aquele ministério. Esta formação é realizada autonomamente pelos trabalhadores, com recurso à plataforma de e-learning Todos Contam e ao seu ambiente Moodle.

O relatório foi lançado, no dia 15 de junho, num webinar organizado pela OCDE/INFE, no qual foram apresentados os objetivos e a estrutura da publicação, partilhadas experiências de vários países e discutido o futuro da formação financeira num contexto de profundas transformações no mercado de trabalho.

O webinar contou com a participação da diretora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal e presidente da Comissão de Coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira, Lúcia Leitão, que moderou o painel em que os representantes do Canadá, Países Baixos e Hong Kong (China) apresentaram as suas iniciativas de formação financeira no local de trabalho.

Sobre a OCDE/INFE

A Rede Internacional de Educação Financeira foi criada, em 2008, sob a égide da OCDE, para promover princípios e boas práticas de formação financeira.

A OCDE/INFE funciona como plataforma de recolha de dados e informação sobre a literacia financeira, com vista à elaboração de relatórios analíticos e comparativos e ao desenvolvimento de investigação e instrumentos de política. Nesta rede, participam entidades reguladoras, bancos centrais, ministérios das finanças e agências de educação financeira de países membros e não membros da OCDE.

O Banco de Portugal é membro fundador da INFE, faz parte do respetivo Conselho Consultivo (Advisory Board), órgão que estabelece orientações estratégicas, e participa em grupos de trabalho especializados desta rede.